Uma virada de ano diferente através de 3 dias de trekking na Serra da Mantiqueira
RESUMO
O presente relato traz todas as informações necessárias pra você realizar por conta a travessia entre os picos Marins e Itaguaré, situados na fronteira dos estados de Minas Gerais e São Paulo. Neste trekking você terá incríveis vistas da Serra Fina, do Vale do Paraíba e da linda serra que separa ambos os picos de interesse. Foram caminhados aproximadamente 18 km em 3 dias, o que não indica que se caminha pouco por dia e sim que a trilha apresenta grande dificuldade em boa parte dos trechos. Encontrar pontos d’água é um problema nesta travessia e quando se encontra é uma água um pouco suja, então leve de 5 a 6 litros e um purificador. Esta travessia pode ser realizada todo o ano, mas é mais recomendado fazer de abril a agosto, quando há menos possibilidade de chuvas.
Índice
INTRO
Que tal um ano novo longe da praia e do trânsito? Meu grande amigo Rodrigão me chamou para passar a virada 2016/17 na montanha, bem longe da bangunça, e curti a ideia imediatamente.
A primeira sugestão foi o Pico dos Marins na Serra da Mantiqueira, situado na fronteira dos estados SP e MG. Logo animamos, pois, além de ser um trekking que eu almejo fazer há tempos, o seu cume apresenta panorama para várias cidades do Vale do Paraíba e poderíamos ver a queima de fogos lá do topo.
Para nos acompanhar, nossos parceiros Digão e Pedro também se empolgaram com esta trip.
Como tínhamos 3 dias disponíveis, resolvemos fazer a Travessia Marins – Itaguaré, só que no sentido inverso visando passar a virada no Pico dos Marins.
Segue imagem mostrando o trajeto da travessia indicando os principais picos e os pontos de água:
ROTEIRO RESUMIDO
Sexta (30/12/2016):
- Deslocamento de São Paulo até Lorena/SP pela Rodovia Dutra BR-116
- Saída da Dutra no km 51 e dirigir até Piquete/SP pela BR-459
- De Piquete há 2 opções até o pé dos Marins:
- Estrada 4×4 saindo de Piquete. Seguir placas Marins e Marmelópolis; ou
- Passar a fronteira SP-MG e dirigir 3,9 km até entrada para uma estrada de terra à direita
- Do pé dos Marins, contratamos um traslado para nos levar até a base do Itaguaré
- 4,0 km caminhados em um desnível de 900 m até o cume do Itaguaré
Sábado (31/12/2016):
- 9,0 km caminhados do topo do Itaguaré até o cume dos Marins, totalizando 800 metros de subida e 850 de descida acumulados
- Virada de ano no Pico dos Marins
Domingo (01/01/2017):
- 6,0 km andados com desnível de 850 metros do Pico dos Marins até o carro na fazenda na base do morro
- Almoço em Piquete e deslocamento de volta até São Paulo
O tracklog da travessia se encontra neste link.
PROGRAMAÇÃO E LOGÍSTICA
Só o que precisa fazer com antecedência para esta travessia é comprar comida e água e decidir como se deslocará até o pé da trilha. Veja abaixo opções de carro e ônibus saindo de São Paulo.
De carro
Como de carro é possível se deslocar até o pé da trilha, apenas contate um resgate para te levar da base do Marins até a base do Itaguaré. Este nos custou R$ 250,00.
Nosso contato foi o Milton, mas ele realizou uma logística diferente do combinado, então vou passar o contato do Refúgio Base Marins, que é a propriedade ao pé da trilha do Pico dos Marins. Eles fazem traslado, passeios guiados, possuem hospedagem e oferecem refeições por encomenda.
Contatos Refúgio Base Marins:
- Refúgio Marins: (12) 99709-4527
- Dito (WhatsApp): (12) 99799-7524
- Michel Ferraz – Guia Local (WhatsApp): (12) 98889-5949
Se a intenção for fazer apenas um dos picos, Marins ou Itaguaré, não necessita fazer nada para se planejar para esta trip. Apenas dirija até o pé da trilha e suba e desça o respectivo pico.
Uma ideia para economizar o valor do traslado e a dificuldade alta da trilha entre os dois picos é ir com o próprio carro até o pé da trilha do Itaguaré no dia 30, subir e descer este pico e depois ir de carro até o pé dos Marins e subir este no dia 31 pra pernoitar lá. Conhecemos um grupo de pessoas que fez isso.
De ônibus
A logística de ônibus complica um bocado e talvez fique até mais caro do que de carro.
De São Paulo a Lorena pela Viação Cometa custa cerca de R$ 50,00 e possui mais de 10 horários por dia.
De Lorena até Piquete há ônibus a cada 15 minutos ao custo de R$ 5, realizados pela empresa Pássaro Marrom. Veja aqui no link do site BuscaÔnibus.
De Piquete vai precisar fechar um traslado até o pé de um dos picos e ao final da travessia precisará fechar outro resgate até Piquete. Os resgates somados deverão custar por volta de R$ 400,00.
QUANDO IR
Normalmente eu recomendo que as trilhas e travessias na Serra da Mantiqueira sejam realizadas na temporada de outono/inverno, porque há menos possibilidade de chuvas.
Nós a realizamos na virada de ano e tivemos sorte, pois não tivemos problemas com chuva. Contudo não conseguimos contemplar nenhum dos dois amanheceres que esperávamos ver por causa da alta quantidade de nuvens. Então é mais aconselhável fazê-la de abril a agosto, mas no resto do ano também é possível.
O QUE LEVAR
O grosso dos equipamentos visa trazer calor e abrigo durante o sono. O restante é basicamente água e rango. Vamos à lista de itens:
No corpo:
- Uma camiseta de manga comprida
- Uma calça pra trekking
- Um par de botas pra trekking
- Um par de luvas
- Um boné/chapéu
Nas costas:
- Mochila semi-cargueira de 45 L
- Barraca (eu e o Rodrigão bivacamos)
- Saco de dormir
- Isolante. Recomendável inflável ou auto-inflavel
- Segunda pele camiseta e calça
- Blusa de fleece e calça de fleece também
- Anorak ou poncho impermeável
- Travesseiro inflável
- Lanterna
- 4 a 5 L de água
- Protetor Solar (Fator 1000)
- 1 Óculos escuros
- Comida para trilha.
- Panelas, fogareiro e gás
- Purificador para água dos rios (Clor-in, Hidrosteril).
- 1 GPS
- 1 Câmera fotográfica
ORIENTAÇÕES DA TRILHA
Essa é uma travessia com dezenas de bifurcações confusas, principalmente no trecho que liga os dois principais picos, Marins e Itaguaré.
Apesar da trilha estar forrada de totens (pedras empilhadas) e setas direcionando para o caminho correto, em diversos momentos ficamos muito indecisos. Recomendo, portanto, uso de um GPS.
Se não tiver GPS, tente se orientar pelos dois picos e pela crista que liga ambos os morros. Sempre se oriente pela paisagem. Se você perceber que está andando numa direção paralela aos picos não hesite em voltar. É importantíssimo reconhecer o momento em que está andando na direção errada e regressar antes que seja tarde.
ÁGUA
Essa é uma questão fundamental neste trekking.
Se você for apenas subir um dos picos, não haverá grandes problemas, pois há pontos d’água no início da trilha para ambos.
A coisa complica se você for fazer a travessia de 3 dias, porque só há um ponto para captação nos 9 km que separam os dois picos. E pra piorar este ponto é bem difícil de encontrar, pois ele fica fora da trilha. Seu acesso se dá a 450 metros antes da Pedra Redonda no sentido Itaguaré -> Marins.
Para não precisar racionar, recomendo que faça no sentido Marins -> Itaguaré, pois há um ponto de água bem na base do Pico dos Marins (água marrom, diga-se de passagem), enquanto na subida do Itaguaré só há pontos bem no início da trilha.
E claro, não esqueça de utilizar um purificador de água. Se mesmo assim não estiver confortável em tomar a água da trilha, leve ao menos 6 L de água.
GASTOS (POR PESSOA)
- Almoço Dutra = R$ 12,00
- Resgate = 250,00 / 4 = R$ 62,50
- Combustível = 170,00 / 4 = R$ 42,50
- Pedágio = R$ 53,00 / 4 = R$ 13,25
- Mercado = R$ 80,00
- Estacionamento Base Marins = R$ 20,00
- Almoço em Piquete = R$ 30,00
GASTOS TOTAIS POR PESSOA (2016) = R$ 250,00
RELATO DA TRAVESSIA
DIA 1 – São Paulo -> Subida Itaguaré
Eu, Pedro, Rodrigão e Digão nos encontramos às 9 na sexta (30/12/2016) em São Paulo, pegamos a Rodovia Dutra (BR-116) por 180 km e saímos em Lorena em direção a Piquete. Dirigimos 20 km até Piquete, onde pegamos o acesso para o Pico dos Marins.
Antes de chegar a Piquete já era possível avistar o Pico dos Marins de longe.
Percorremos 20 km numa estrada que parecia boa, mas no fim ficou claro que só carros 4×4 ou kombis passam.
Do meio da estradinha, o imponente Marins já estava bem próximo e paramos pra tirar uma foto.
Às 13 horas chegamos na porteira a cerca de 500 m antes do Refúgio Base Marins, onde encontramos um senhor que era o contato do Milton. Ele disse que combinou de deixar nosso carro na propriedade dele e no último dia ele levaria o nosso carro para o fim da trilha. Entretanto, havíamos falado com o Milton que deixaríamos nosso carro na base dos Marins e apenas queríamos alguém para nos levar até a base do Itaguaré. Enfim, meio contrariado, o tio aceitou nos levar até o Itaguaré.
Fomos até o refúgio, deixamos o carro do Digão lá e entramos na kombi do senhor que dirigiu 15 km por estrada de terra até a base do Itaguaré.
E iniciamos o trekking às 15:00 horas. Recomendo que não comece a trilha após às 13, a não ser que esteja no horário de verão como foi o caso com a gente.
Este primeiro dia da travessia foi basicamente ascensão até o cume do Pico do Itaguaré, praticamente sem trechos planos ou de descida.
Saímos da cota 1.520 msnm e andamos por trilha batida sob vegetação de mata atlântica. Aproveite os bons pontos d’água do primeiro quilômetro de trilha, porque depois só encontrará água na segunda metade do dia seguinte. Há dois belos mirantes neste trecho que possuem vistas para o mar de morros da Mantiqueira.
Após 2,9 km do início da trilha, a vasta mata some e passamos a andar por vegetação de campos de altitude, agora na cota 2.150 msnm. Neste ponto há uma linda vista para o Vale do Paraíba e pra Serra Fina.
A partir daqui o cenário se torna fabuloso. Seguimos caminhando o resto do dia sobre imensos blocos de pedra, bem quando surgiu as primeiras vistas do Pico do Itaguaré.
Poucos metros à frente há um ponto de água bem ruim, por isso recomendei abastecer no início da trilha. É uma água marrom praticamente parada, mas que talvez sirva em situações desesperadas se você usar um purificador.
A trilha segue se aproximando do Itaguaré e torna a contornar o morro até encontrar uma bifurcação, a qual separa o caminho de subida para o cume da continuação da travessia sentido Marins.
O ataque ao cume não é demorado, mas possui um trepa pedra pseudo escalada que é preciso ter cautela. Não é um trecho muito técnico mas lembre-se que a grande mochila diminui em muito a sua mobilidade.
Em 20 minutos após a bifurcação chegaríamos na área de camping para passar a primeira noite. Neste ponto apenas cabem 2 barracas, mas no pé da montanha existem inúmeras boas áreas para acampar.
Deixamos nossas mochilas aqui e prosseguimos em direção ao cume na esperança de contemplar um belo pôr-do-sol, pois já passava das 19:00.
A subida para o topo se dá por uma grande laje de rocha, mas quando chegar em eu final descobrirá que este não é o verdadeiro cume. Este ponto já apresenta lindas vistas para os picos Marins e Marinzinho e é possível ver toda a crista que liga o Pico do Itaguaré com o Marins, porém se quiser alcançar o verdadeiro cume o caminho é um pouco perigoso.
Os metros finais são um trecho confuso de pula e contorna pedras não tão fáceis de se orientar. Vá com calma e encontrará sinais de trilha. Se achar este caminho perigoso não se aventure, pois há diversos riscos de queda em abismos.
O bacana de chegar no cume verdadeiro é a vista 360 que se tem dali, que é onde todos os cenários que mencionei ao longo do dia se reúnem. Além do próprio panorama da travessia é possível ver o Vale do Paraíba, a Serra Fina e inúmeras cidades que contornam a Mantiqueira de todos os lados. É um espetáculo de lindeza!
Além disso, no topo, situado a 2.308 msnm, há um livrinho bem cuidado para você assinar seu nome!
O pôr-do-sol estava encoberto por nuvens, mas descemos felizes da vida com a magnitude do lugar.
Regressamos para nossa área de acampamento, nos instalamos e fizemos um jantar miojístico.
Antes de dormir subimos de novo até o topo do Itaguaré (não o cume perigoso) pra contemplar o céu estrelado e as cidades iluminadas do Vale do Paraíba.
E descemos de novo para dormir. Pedro e Digão dormiram em uma barraca, enquanto eu e Rodrigão dormimos ao relento com nossos sacos de dormir.
DIA 2 – Do Itaguaré ao Marins
Passei um frio danado à noite e, portanto, não foi difícil acordar às 5:30 para assistir ao nascer do sol.
Entretanto, o dia amanheceu bem nublado após uma noite de céu incrivelmente estrelado.
Subimos até o cume mais uma vez e infelizmente densas nuvens não permitiram que víssemos o nascer do sol colorido. O sol apenas ameaçou aparecer por volta das 6:30 e aí ele surgiu por entre as nuvens timidamente. Fiz um vôo de drone por entre as nuvens e a percepção aérea foi essa:
Já desistindo que o tempo pudesse abrir, descemos pra nos preparar para caminhar.
Desmontamos acampamento e tomamos café da manhã, porém, por volta das 8:30, o tempo abriu e subimos felizões até o cume mais uma vez pra fazer registros fotográficos.
Para nossa alegria o céu estava bem mais limpo e fizemos inúmeras fotos e vídeos. Eu fiquei extremamente cativado pelo Pico do Itaguaré e ousaria dizer que me identifiquei mais com ele do que com o Marins, seu irmão mais famoso.
E começamos a caminhar às 9:30 sentido Pico dos Marins.
Este foi de longe o dia mais puxado. Durante todo o dia houve uma grande alternância entre subidas e descidas, porém os primeiros 2,5 km apresentaram os trechos mais inclinados e desgastantes.
Neste dia sentimos o peso das mochilas e a diferença que faz caminhar numa trilha não abundante em água.
Tivemos que racionar água desde cedo pois o primeiro ponto d’água que constava no GPS estava a 3,5 horas do Itaguaré, isto porque nem sabíamos se seria um bom lugar para captação de água.
Por volta de 12:30, o sol ardia e o corpo estava sedento e foi quando chegamos no suposto ponto d’água.
De fato, nós o encontramos, mas não foi nada fácil. Existe uma trilha mal marcada até ele, mas tivemos que abrir mato no peito até achá-lo. Tente não contar com esta água pois há um grande risco de você não a encontrar.
Almoçamos e poucos metros à frente atingimos a Pedra Redonda, que fica a 4,6 km do topo do Itaguaré e 3,6 km do cume dos Marins, a uma altitude aproximada de 2.290 msnm. As vistas de ambos os picos são lindas daqui.
Na Pedra Redonda há bons lugares para acampar, assim como em diversos pontos ao longo da trilha.
Já estávamos bem cansados e ainda tínhamos que subir os picos Marinzinho e Marins.
Da Pedra Redonda até a base do Marinzinho há uma longa descida, para depois iniciar uma subida bem cansativa de quase 200 m de desnível até o topo da última.
Os últimos 20 metros são um trecho tão inclinado que há até cordas instaladas na pedra. É preciso bastante cautela e controlar o medo de altura, mas indo com calma não há porque se preocupar.
Chegamos no topo do Marinzinho às 16:00 e o visual da Mantiqueira é lindíssimo daqui.
Agora nosso objetivo final era o Pico dos Marins.
A descida do Marinzinho é longa. Foi aproximadamente uma hora de caminhada até a área alagada situada na base dos Marins. Aqui há diversos pontos de captação de água, mas não pareciam tão confiáves devido a tonalidade escura da água, por isso só ousaria consumi-la em último caso.
Por fim, a última grande ascensão do trekking compreendia a subida para o famigerado Pico dos Marins. O cenário rochoso predominava e, por isso, às vezes era difícil encontrar o caminho, entretanto, os totens sempre nos orientavam.
A foto abaixo ilustra bem o panorama da subida até o Marins.
Alcançamos o cume da montanha mais alta da viagem (2.420 msnm) por volta das 18:00. A ascensão durou pouco mais de uma hora e quase 200 metros de desnível andando na rocha.
O cume do Pico dos Marins é bem plano e tem espaço pra dezenas de barracas, as quais podem ser montadas sobre a própria rocha ou no solo do topo do pico.
O visual do topo é deslumbrante! Similar ao que se contempla do Pico do Itaguaré, aqui se tem uma vista extensa do Vale do Paraíba e de todo o trajeto percorrido entre os dois principais morros desta travessia.
Tiramos inúmeras fotos, montamos acampamento, jantamos e sentamos numa pedrona para nos juntar aos muitos grupos de aventureiros que vieram acampar no pico neste memorável 31 de dezembro.
O Rodrigão tinha trazido uma garrafa de Catuaba e uma de 51 para celebrar a virada do ano hahaha. Tomamos uns tragos e acabamos dormindo na pedra devido ao cansaço acumulado do dia puxadíssimo que tivemos.
E acordamos por volta das 00:10 com uns pigos de chuva na cara e já com aquele mar de fogos estourando, onde era possível vê-los por sobre ao menos umas 15 cidades distintas do Vale do Paraíba. Foi uma experiência deveras interessante, mas o melhor mesmo foi estar com grandes amigos dividindo este trekking e o acampamento juntos (momento fofo).
DIA 3 – Retorno à São Paulo
Acordamos às 5:00 e o dia já estava clareando, porém não foi possível ver o nascer do sol devido às nuvens.
Por volta das 7:00, o ceéu limpou e decidi fazer um vôo de drone.
Tomamos café da manhã, curtimos a vista tranquilos e começamos a descer o pico às 9:00.
Este último dia da travessia seria quase que somente descida de morro, passando por trechos de rocha bem complicados como este da foto abaixo.
Depois de passar pela parte complicada na base dos Marins a descida segue por uma trilha sem grandes surpresas, sempre seguindo pela crista da serra.
Após umas 3 horas de descida há uma pequena subida para o Pico do Careca, o qual apresenta as últimas vistas antes de entrar na porção de vegetação mais densa. A partir daqui o caminho volta a descer e a inclinação da trilha diminui gradativamente até chegar em uma porteira, que atesta que a travessia está próxima de terminar.
Em menos de uma hora chegaríamos no Refúgio Base Marins e celebraríamos o encontro com nosso lindo carro.
Por fim, pegamos estrada e retornamos felizes da vida à São Paulo para encarar o novo ano que estava começando com o pé direito 🙂
Obrigado por essa meus amigos e a você por ler!
Um abraço!
Viagem incrível e o relato a altura Victao. Parabéns pela matéria. Vamos pros próximos!!!
Que bom que você curtiu o relato, meu mano! Bora pras próximas aventuras!