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Guia Turístico Completo do Equador

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Um relato com detalhes de tudo que este lindo e diverso país sulamericano tem para oferecer

INTRO

A segunda etapa do meu mochilão pela América Latina se deu no Equador continental, logo após passar duas semanas monumentais nas Galápagos.

Ainda na companhia do meu irmão Ivan e à Anna, sua amada, fizemos um belo roteiro de duas semanas no país. O mapa abaixo, retirado do Google Earth, mostra as cidades que foram visitadas.

Dividi este post em duas partes, sendo a primeira com resumo das atrações visitadas e com informações importantes sobre o Equador e a segunda com a descrição de cada um dos lugares que turistamos. Deixei uma surpresinha separada ao final do relato!


ROTEIRO RESUMIDO

Dia 1: Deslocamento Galápagos a Guayaquil. Ida ao Farol do Cerro Santa Ana.

Dia 2: Deslocamento de Guayaquil no litoral à Riobamba, cidade situada na Cordilheira dos Andes. Foram 5 horas de viagem em ônibus.

Dia 3: Visita à Reserva de Produção de Fauna de Chimborazo e vista do Vulcão Chimborazo, a montanha mais alta do Equador.

Dia 4: 2 horas de deslocamento de Riobamba a Baños. Caminhada ao Mirador de la Virgem e depois ida às águas termais El Salado.

Dia 5: 8h30min de trekking até o Refúgio do Vulcão Tungurahua, em Baños. À noite vista às águas termais Termales de la Virgen.

Dia 6: Visita a Cascata de la Virgen e ida de Baños a Latacunga em 2 horas.

Dia 7: Dia na Laguna Quilotoa.

Dia 8: Tour para o Parque Nacional Cotopaxi. Caminhamos até o Refúgio José Ribas, que está no Vulcão Cotopaxi na cota 4850 msnm. Visita à Laguna Limpiopungo.

Dia 9: Deslocamento de Latacunga a Quito em 1h30min. Na sequência pegamos um ônibus do Terminal Quitumbe de Quito (Terminal Sul) até a cidade de Mindo, viagem esta que durou 3 horas.

Dia 10: Fizemos a trilha para o Sendero Tarabita, que passa por 7 cachoeiras.

Dia 11: Trilha pelas florestas de Mindo na Casa Amarilla, Fazenda San Vicente. Depois fomos ao Mariposário da cidade.

Dia 12: Retorno de Quito a Mindo e passeio pelo centro histórico de Quito. Dormimos no centro histórico.

Dia 13: Ida ao Bairro Mariscal Sucre, onde passei a última noite com Ivan e Anna.

Dia 14: Deslocamento de 5 horas até a Cascada San Rafael. Peguei o ônibus de volta à Quito no mesmo dia, para mais 5 horas em ônibus.

Dia 15: Dia de descanso em Quito.

Dia 16: Trekking ao Vulcão Rucu Pichincha, o qual apresenta uma fabulosa vista de Quito e de diversos vulcões do Equador. Ônibus noturno para a cidade de Manta, no litoral.

Dia 17: De Manta peguei um ônibus e desci no Parque Nacional Machalilla, onde fiz um trekking de 9 km por três praias, incluindo a Los Frailes. Na sequência fui à Montañita, a Ibiza sulamericana.

Dia 18: Ida à Puerto Lopes fazer o tour para a Isla de la Plata, onde vi baleias jubarte no mar e piqueros de patas azules (boobies) e fragatas na ilha. Regresso à Montañita e noite de festas.

Dia 19: Dia tranquilo em Montañita e ônibus noturno a Quito.

Dia 20: Chegada em Quito pela manhã e ida à fronteira da Colômbia no período da tarde.


PROGRAMAÇÃO

Roteiros De Viagem

A primeira coisa antes de viajar é saber que atrações você quer visitar, com base em quantos dias terá no país.

Seguem abaixo algumas sugestões de roteiro para visitar o Equador. O número de dias de cada um pode variar bastante, principalmente se você decidir remover alguns destinos ou se quiser passar vários dias em alguma cidade de sua preferência:

  • Andino (10 a 15 dias): Quito, Latacunga, Baños, Riobamba, Ingapirca, Cuenca, Otavalo. Nesta opção você visitará as cidades mais belas do planalto andino do país. Não fui a Cuenca, Ingapirca e Otavalo, mas estão entre os lugares imperdíveis para visitar, por causa do centro histórico da primeira, das ruínas incas da segunda e do mercado indígena da terceira.
  • Praias (10 a 15 dias): Quito, Esmeraldas, Manta, Puerto Lopez, Montañita, Salinas, Guayaquil. Um giro completo pelo litoral do Equador. Eu não visitei as cidades de Esmeraldas e Salinas, mas sei que possuem algumas das mais belas praias do país.
  • Amazônico (5 a 10 dias): Quito, Cascada San Rafael, Tena, Puyo, Parque Nacional Yasuni, Reserva Cuyabeno. Não tenho muita propriedade pra falar deste roteiro, porque não conheci a Amazônia equatoriana. Entretanto, sei que Tena e Puyo ficam no início dela, aos pés dos Andes, enquanto as reservas Yasuni e Cuyabeno ficam bem no interior da selva, no extremo leste do país, na fronteira com o Peru.
  • Circuito Andes + Praias (20 a 30 dias): Quito, Mindo, Esmeraldas, Manta, Puerto Lopez, Montañita, Salinas, Guayaquil, Cuenca, Ingapirca, Riobamba, Baños, Latacunga, Otavalo. Junção dos dois primeiros roteiros, onde é possível fazer um circuito bem representativo do país, com a adição da fantástica Mindo. Pra mim é a melhor opção se você tiver tempo. Só ficaria melhor se você puder dar uma esticada para a Cascada San Rafael e à Puyo (cidade relativamente próxima de Baños), para conhecer a Amazônia.

Quando Ir

Recomendo que vá ao Equador no outono/inverno, de junho a setembro. Isto porque, esta é a temporada de poucas chuvas, quando o tempo está perfeito para montanhismo. Esta tambem é a época de avistamento de baleias em Puerto Lopez.

Eu fui em julho e agosto e o tempo estava simplesmente perfeito.


O Que Levar Na Mochila

Eu preparo minha mochila da seguinte maneira, quando vou fazer um mochilão para um lugar frio e sei que vou realizar alguns trekkings em que não haja acampamento:

  • 6 cuecas
  • 6 pares de meias
  • 5 camisetas
  • 2 bermudas e 1 calça
  • 1 sunga
  • 1 chinelo
  • Bota ou tênis de trilha
  • 1 mochila cargueira (45-60L) e capa de mochila para chuva
  • 1 mochila de ataque (20-30L) para os dias de trekking
  • 1 boné ou chapéu
  • 1 gorro
  • 1 par de luvas
  • 1 segunda pele camiseta e 1 de calça
  • 1 blusa de fleece e 1 calça de fleece
  • 1 jaqueta corta-vento impermeável
  • Capa de chuva ou poncho impermeável
  • 1 Óculos escuros
  • Protetor solar
  • Repelente
  • Câmera fotográfica
  • Kit de medicamentos básicos: algodão, analgésico, anti-alérgico, anti-inflamatório, anti-séptico, Band-Aid, gaze, pomada para assaduras, pomada para queimaduras e remédio para flora intestinal

EMBAIXADAS E CONSULADOS BRASILEIROS

Embaixada do Brasil em Quito:

  • Endereço: Avenida Amazonas N39-123 y José Arízaga – Edificio Amazonas Plaza, piso 7º Caixa Postal 17-01-231 Quito – Ecuador
  • Telefone: (00593) 99520-1449
  • Plantão Consular: (5939) 9520 1449 (SOMENTE PARA EMERGÊNCIAS)
  • Email: brasemb.quito@itamaraty.gov.br

Consulado Honorário em Cuenca:

Consulado Honorário em Guayaquil:

  • Titular: Alberto Dassum Aivas
  • Endereço: Comercial Dicentro, Avenida Juan Tanca Marengo, km 1,5, locais 33/34.
  • Telefone: denise@eurogres.com.ec
  • Email: (593-4) 227-7065; 601-7484/5/6/7/8

Informações retiradas do site do Itamaraty.


BANCOS DO EQUADOR

Segue abaixo a relação dos bancos que encontramos no Equador e quais nos serviram, considerando a bandeira Mastercard (claro que isso há muitas variáveis a serem consideradas nisso. Pra algumas pessoas todos vão funcionar, pra outras, nenhum 😊):

  • Banco del Austro: limite de saque diário de 300$
  • Banco Bolivariano (Não foi possível usar)
  • Banco Guayaquil (Não foi possível usar)
  • Banco Pacífico: limite de saque diário de 300$
  • Banco Pichincha (Não foi possível usar)
  • Produbanco: limite de saque diário de 100$

GASTOS TOTAIS

Os gastos da viagem se deram em dólares americanos, que é a moeda oficial do Equador. Os valores em negrito são para 3 pessoas:

  • Hospedagem em Riobamba (2 noites) = US$ 80,00
  • Hospedagem em Baños (4 noites) = US$ 64,00
  • Hospedagem em Latacunga (2 noites) = US$ 96,00
  • Hospedagem em Mindo (2 noites) = US$ 75,00
  • Hospedagem em Quito (2 noites) = US$ 60,00
  • Passeios em Riobamba (Reserva Chimborazo) = US$ 7,50
  • Passeios em Baños (Volcán Tungurahua e águas termais) = US$ 46,00
  • Passeios em Latacunga (Cotopaxi e Laguna Quilotoa) = US$ 137,00
  • Passeios em Mindo (Ruta de las Cascadas, Borboletário e Casa Amarilla) = US$ 55,50
  • Passeios em Quito (Centro Histórico) = US$ 12,00
  • Locomoção Taxi e Ônibus Guayaquil -> Riobamba -> Baños -> Latacunga -> Quito -> Mindo -> Quito = US$ 102,85
  • Refeições, 13 dias no Equador para 3 pessoas = US$ 460,00
  • Mercado = US$ 53,90
  • Lavanderia = US$ 9,00

Total 13 dias no Equador para 3 Pessoas = US$ 1.259,00 / 3 = US$ 419,70

Depois que Anna e Ivan me deixaram, eu passei mais 1 semana sozinho conhecendo pontos turísticos do Equador. Seguem abaixo os gastos correspondentes a estes dias:

  • 3 dias em Puerto Lopez e Montañita no litoral do país = US$ 144,25
  • 1 dia de trilha para o Vulcão Rucu Pichincha = US$ 20,75
  • 1 dia de passeio para a Cascada San Rafael = US$ 24,90

TOTAL QUE GASTEI (2017) = US$ 609,60


PONTOS TURÍSTICOS

Dias 1 e 2: Guayaquil

A cidade de Guayaquil foi mais um ponto de acesso para as Galápagos (relato aqui) do que um lugar que queríamos muito visitar.

Apesar disso, passamos um dia na cidade e caminhamos no seu centro histórico e pelo bairro Las Peñas até o Farol Las Peñas, situado no topo do morro Cerro Santa Ana. Subimos uma infinidade de degraus para chegar no topo desta montanha, onde havia uma charmosa igreja, um imponente farol e uma linda vista da cidade.

Iglesia del Cerro Santa Ana e cidade de Guayaquil vistos do Farol Las Peñas
Iglesia del Cerro Santa Ana e cidade de Guayaquil vistos do Farol Las Peñas

Nos hospedamos no Hostel Casa Fabian e no dia seguinte pegamos o ônibus para leste, com o objetivo de subir a cordilheira dos Andes até a cidade de Riobamba.

Guayaquil fica na costa e é a cidade mais populosa do Equador, com 2,2 milhões de habitantes.


Dias 3 e 4: Riobamba

O ônibus saiu às 16h20min de Guayaquil e chegou às 21h20min a Riobamba, ao custo de 7 dólares por pessoa.

Apesar da cidade parecer ser segura, as ruas estão desertas a esta hora e nos deu um pouco de medo em ir até o hotel que havíamos reservado. Dormimos no ótimo Hotel Whymper, que custou 40 dólares pra nós três. Recomendo este hotel, porque ele possui um terraço de onde é possível ter uma bela vista da cidade e contemplar um lindo amanhecer e também o pôr-do-sol. Ainda é possível ver os principais vulcões que circudam Riobamba, o Chimborazo e o El Altar.

A cidade está situada no planalto andino, a 2.750 metros sobre o nível do mar, e está localizada entre duas grandes serras. Sua população aproximada é de 150.000 pessoas.

A cidade histórica de Riobamba e o Vulcão El Altar ao fundo

No dia seguinte pela manhã fomos até os pés do Vulcão Chimborazo, que foi a principal razão de termos vindo a Riobamba.

Pegamos um táxi até o terminal da cidade e entramos no ônibus para Guaranda (Companhia Flota Bolívar). O bus custa 40 centavos por pessoa e o trajeto até a Reserva de Producción Faunística Chimborazo dura cerca de 1 hora.

Descemos na entrada do parque e caminhamos por cerca de 1 hora por uma trilha que se aproxima do vulcão. A vegetação é de baixo porte, o que possibilita vistas incríveis do Vulcão Chimborazo e do panorama de vales e montanhas nos arredores da reserva. No caminho vimos diversas vicunhas fofas.

Ivan, Anna e eu passando frio e curtindo a vista do Vulcão Chimborazo
Ivan, Anna e eu passando frio e curtindo a vista do Vulcão Chimborazo

Para retornar à Riobamba, ficamos esperando o ônibus por mais de meia hora e nada. Decidimos, então, começar a pedir carona e, em menos de 10 minutos, uma caminhonete parou pra gente!

O Chimborazo é a montanha mais alta do Equador, com 6.268 metros de altura, e seu cume é o ponto mais distante do centro do planeta Terra. O Mt. Everest tem mais de 2.500 metros a mais que este pico, no entanto, ele fica em segundo lugar porque a Terra é levemente achatada e o Chimbo fica situado próximo à linha do Equador.

Após o Ivan e a Anna irem embora, eu voltei pra Riobamba com o intuito de escalar o Vulcão Chimborazo até o seu cume. Entretanto, eu fracassei e fiquei 2 semanas chateado vendo todas as temporadas de Game of Thrones no meu hostel. Assim, não me deu vontade de escrever um relato só sobre esta aventura, porém, segue abaixo o que você precisa saber se tiver interesse em subir este pico:

  • Só faça esta ascensão se estiver muito acostumado(a) com alta montanha! O Chimborazo possui um grau de dificuldade alto para quem não está habituado(a) com este tipo de atividade e não é uma boa opção para iniciação no universo da alta montanha.
  • Contrate uma agência de montanhismo. Eu fiz o passeio com a Julio Verne Travel, a qual você pode contactar para saber informações de tour e de preços aqui;
  • Faça uma boa aclimatação. Apesar da agência ser boa, o passeio para o cume do Chimbo dura só 2 dias. Aconselho que antes de ir você passe algumas semanas no planalto andino do Equador fazendo outras trilhas e depois passe uns 3 dias no Refúgio Whymper, que fica na cota 4.800 m aproximadamente;
  • Cuide da preparação física. Suba alguma outra montanha antes e descanse uns dois dias antes de partir pro Chimbo. Eu subi o Vulcão Carihuairazo (5.018 msnm) com a mesma agência.

OBS.: outras montanhas no Equador famosas pelas atividades de alta montanha além do Chimborazo são: Vulcão Cotopaxi (5.897 m), Vulcão Cayambe (5.790 m), Vulcão Antisana (5.704 m) e Vulcão Illiniza Sur (5.248 m) e Norte (5.126 m).


Dias 4 e 5: Baños

Anna, Ivan e eu pegamos um ônibus de Riobamba para Baños pela manhã, que durou 2 horas de viagem e custou 2 dólares por pessoa.

Chegamos na rodoviária desta simpática cidade e fomos ao Hostal Timara, onde nos hospedamos ao preço de 32 dólares para nós três por noite.

Baños está localizada no interior de um grande vale e, a 1.800 metros sobre o nível do mar, se situa na descida dos Andes sentido Floresta Amazônica. Sua população é de cerca de 13.000 habitantes.

A cidade é bem turística e dentre suas principais atrações estão:

  • Explorar a vida noturna da cidade, que possui vários bares e baladas;
  • Caminhar por seu centro histórico’
  • Conhecer a ponte San Francisco e o lindo vale do Rio Pastaza;
  • Curtir as deliciosas águas termais da região;
  • Fazer passeios para visitar cachoeiras, como el Pailón del Diablo;
  • Realizar atividades de aventura, como bungee jump (custa 10 dólares!), rafting, canyoning e tirolesa;
  • Ir até o Mirador de la Virgem, que apresenta uma linda vista de Baños;
  • Subir até o Refúgio do Vulcão Tungurahua.

Infelizmente, só tínhamos 2,5 dias pra aproveitar a cidade e pudemos apenas caminhar pelo centro histórico, nos banhar pelas fontes de água quente, subir o mirante de la Virgen e ir ao Vulcão Tungurahua.

No primeiro dia, partimos para a trilha para o Mirador de la Virgen. Saindo do hostel, próximo ao centro, caminha-se 30 minutos por uma trilha inclinada até este lindo mirante, que mostra um panorama fabuloso de Baños e das montanhas do seu entorno.

A cidade de Baños e os morros que a circundam
A cidade de Baños e os morros que a circundam

Na sequência descemos pelo mesmo caminho até o hostel e depois fomos andando até as fontes termais Termales El Salado. Caminhamos 2,4 km, mas há a opção de ir de táxi também. Pagamos 4 dólares por pessoa pra entrar e pra comprar uma toquinha que é obrigatória. Guarde-a se quiser ir pra outras fontes em Baños.

Também conhecemos as Termas de la Virgen, que fica no interior da cidade próximo a Cascada de la Virgen.

Águas quentes das Termas de la Virgen

Ambas as termais El Salado e La Virgen são excelentes, porque possuem piscinas de diferentes temperaturas. As de la Virgen se destacam por estarem ao lado da linda cachoeira, em que é possível se banhar, enquanto a El Salado tem a vantagem de ter menos movimento.


Dia 6: Vulcão Tungurahua

Este vulcão fica em Baños, mas eu resolvi separá-lo pro item anterior não ficar muito grande.

O Tungurahua é bem ativo e subir em seu cume está proibido quando ele está em atividade. Vale lembrar que em qualquer época do ano é obrigatório subir com guias credenciados do Parque Nacional Sangay, onde ele está localizado. Para chegar em seu topo são necessários ao menos dois dias e, por isso, tínhamos como objetivo apenas o seu refúgio, que já seria uma subida e tanto.

Acordamos bem cedinho e pegamos um táxi, ao custo de 10 dólares, até o povoado Pondoa, na cota 2.420 m.

Caminhamos por 1h10min em estrada de terra até chegarmos na guarita do Parque Nacional Sangay. Aqui, o ultra empolgado guarda-parque Hermes nos deu um briefing sobre toda a história do parque (que é imenso!) e sobre o Vulcão Tungurahua.

Ele nos disse que poderíamos ir apenas até o refúgio, então partimos pra enfrentar a árdua trilha que nos esperaria.

Ivan e Anna comendo um babaco na trilha
Ivan e Anna comendo um babaco na trilha

A caminhada até o refúgio acumula 1.100 metros de variação na elevação e termina na cota 3850 m. Levamos 6 horas para subir e voltar até a guarita do parque.

Na subida, acompanhamos uma transição na vegetação, que alterou de pasto, a floresta nublada (cloud forest) a páramo (ecossistema andino). Também tínhamos vistas do Tungurahua em alguns momentos do trekking.

Eu e o Tungu ao fundo
Pastor-alemão fofo no refúgio que abriga as pessoas que têm por objetivo alcançar o cume do vulcão
Pastor-alemão fofo no refúgio que abriga as pessoas que têm por objetivo alcançar o cume do vulcão

O caminho de regresso foi o mesmo da ascensão. Entratanto, ao chegar no povoado Pondoa não havia táxis para nos levar de volta. Chateados, pensávamos que teríamos que andar até a cidade, porém encontramos uma família que nos levou a Baños por 15$ em uma caminhonete.

O link para o meu tracklog da trilha ao Refúgio Tungurahua se encontra aqui.


Dia 7: Laguna Quilotoa

Após a canseira do dia anterior, tivemos um dia traquilo de deslocamento até a cidade de Latacunga. O trajeto durou duas horas e custou 2,5 dólares por pessoa. Da rodoviária da cidade até o Hostal Central pegamos um táxi que nos cobrou 4 dólares. Esta hospedagem foi muito boa e pagamos 32 dólares para nós três.

Anna e Ivan pelo centro histórico de Latacunga
Anna e Ivan pelo centro histórico de Latacunga
Eu e Anna comendo uma comida local no mercadão de Latacunga
Eu e Anna comendo uma comida local no mercadão de Latacunga

Latacunga está no planalto andino, na cota 2.750 m, e tem por volta de 52.000 moradores. A cidade é o ponto de acesso para conhecer duas das mais imperdíveis atrações do Equador: a Laguna Quilotoa e o Vulcão Cotopaxi.

Conhecemos duas americanas no dia anterior que nos informaram que de Latacunga é melhor ir à Quilotoa de ônibus e ao Cotopaxi com a contratação de um tour.

Após conhecermos a cidade no nosso primeiro dia, partimos rumo a Laguna Quilotoa na manhã do dia seguinte.

Entramos no ônibus para o povoado de Zumbahua, que custou 1,5 dólares por pessoa e levou 1h30min de viagem. Desta vila pegamos uma caminhonete até a lagoa por mais 5 dólares pelo grupo. O trajeto revela incríveis vistas do Vulcão Cotopaxi, que visitaríamos no próximo dia.

A Laguna Quilotoa é uma lagoa fabulosa situada no interior de uma cratera vulcânica de 3 km de diâmetro. Ela fica na cota 3.900 msnm aproximadamente.

Quilotoa!
Quilotoa!

É possível dar a volta na lagoa por uma trilha de 10 km e também há um trekking de 4 dias que passa por diversos povoados indígenas, mas tínhamos apenas um dia para desfrutar do lugar. Mais informações do grande trekking neste relato aqui (em inglês) .

Fizemos uma trilha até o nível da água da lagoa e as vistas foram maravilhosas. Aconselho imensamente que venha até aqui visitá-la e caminhar até sua base. A descida durou cerca de 50 minutos e a subida de volta por volta de 1 hora.

Ivan tocando a Laguna Quilotoa
Ivan tocando a Laguna Quilotoa

Para o regresso, encontramos um ônibus que ia direto à cidade de Latacunga, sem necessidade de regressar a Zumbahua. O trajeto durou 2 horas e custou 2,5 dólares para cada.

Acesse aqui o link com o tracklog da nossa trilha na Quilotoa.


Dia 8: Parque Nacional Cotopaxi

O cone perfeito que é o Vulcão Cotopaxi!
O cone perfeito que é o Vulcão Cotopaxi!

Como informado no item anterior, a base para ir ao Cotopaxi também é a turística Latacunga.

No dia anterior, fechamos o tour no Hostel Tiana. Os preços foram:

  • 40 dólares/pessoa para grupo de 3;
  • 35 dólares/pessoa para grupo de 4;
  • 30 dólares/pessoa para grupo de 6.

Era uma manhã chuvosa quando o Guia Alex passou no nosso hostel pra nos buscar. Após cerca de 30 minutos na rodovia, alcançaríamos a entrada do Parque Nacional Cotopaxi. O Alex nos levou por mais 30 minutos até o estacionamento na base do Vulcão Cotopaxi. Daqui se pode ver um panorama montanhoso de vegetação rasteira e também outros vulcões do parque.

Neste ponto estávamos na cota 4.590 m e caminhamos por 1h20min até o Refúgio José Ribas, a 4850 metros sobre o nível do mar. A subida pode ser bem difícil para quem não tiver feito uma boa aclimatação antes, pois, além da altitude, o terreno é bastante inclinado e de areia fofa.

A subida para o refúgio e o vulcão coberto por nuvens
A subida para o refúgio e o vulcão coberto por nuvens

Este refúgio é o ponto inicial da ascensão em gelo até o cume do vulcão. Não havia passeios para seu cume de 2015 a 2017, devido à alta atividade vulcânica dele. Entretanto, se não me engano, a escalada estava autorizada em 2018. Sempre checar as condições do vulcão antes da viagem se o seu intuito for chegar ao seu cume.

Ficamos por uns 30 minutos tomando um chocolatinho quente e descemos de volta ao carro do Alex. Estava ultra frio neste dia.

Na sequência, Dirigimos por 10 minutos até a Laguna Limpiopungo. Uma vez nela, recomendo que faça a volta na lagoa caminhando. São 3,6 km que percorremos calmamente em 1h20min, contemplando a bela lagoa, os animais que ali habitavam e o imponente Vulcão Cotopaxi.

Durante todo o dia, o tempo ficou nublado no Coto, mas tivemos a sorte no final quando ele abriu por alguns segundos, como mostra a foto abaixo.

Laguna Limpioungo e Cotopaxi nublado
Laguna Limpioungo e Cotopaxi nublado

Mas o tour ainda não estava acabado. Voltamos para o carro e após uns 5 minutos o nosso guia motora nos deixou na entrada de uma trilha que passa por um belo cânion, antes de chegar no centro de visitação do parque. Aqui almoçamos, tomamos um chá e partimos de volta para Latacunga.

Neste dia vimos uma grande variedade de espécies de animais andinos, como: raposa, ave de rapina, alpaca, gaivota de los andes, pato, falcão e cavalos. Segundo o guia, os cavalos eram selvagens e, não são removidos por fazerem parte da história do Equador.

Animais andinos: 1. Vicunha, 2. Alpaca e 3. Raposa
Animais andinos: 1. Vicunha, 2. Alpaca e 3. Raposa

Dias 9 a 11: Mindo

Nossa jornada até Mindo teve início na cidade de Latacunga. Pagamos 2,15 dólares por pessoa para sair dela e ir ao Terminal Sul de Quito, o Quitumbe. Uma vez neste terminal, pagamos 4,5 no transporte que vai direto a Mindo, porém o trajeto foi muito demorado porque foi necessário atravessar toda Quito até o Terminal Norte da cidade, o Carcelen. Neste outro terminal, ainda tivemos que esperar estacionados um bocado até finalmente pegarmos a rodovia 28 que desce a serra dos Andes sentido litoral.

Para nossa tristeza, o ônibus não chegava até a cidade de Mindo, mas sim a um acesso para ela. Descemos no meio da rodovia 28 e esperamos uns carros que passam cobrando 1 dólar por pessoa para chegar ao nosso destino final.

Mindo está situada na descida da Cordilheira dos Andes, na cota 1.250 msnm. Ela está localizada no interior de um vale, que está rodeado de montanhas cobertas por uma vasta floresta nublada (cloud forest) bem preservada. Sua população estimada é de apenas 2.500 habitantes.

Anna, Ivan e eu chegamos na cidade no fim da tarde e nos instalamos no confortável Hostel Menestal, que custou 8 dólares po pessoa. Fomos à praça principal da charmosa vila e, para nossa surpresa, havia um grande número de locais e turistas reunidos dançando ritmos latinos. Em Mindo, a prefeitura paga um professor de dança para a população, sendo que as aulas acontecem somente às terças e sextas-feiras. Baita diversão!

Eu, Anna, e galera curtindo uma aula de lambaeróbica (Foto: Ivan)
Eu, Anna, e galera curtindo uma aula de lambaeróbica (Foto: Ivan)

Pela noite jantamos no restaurante Marisqueria do Sebastian. Ele foi uma das grandes figuras da viagem com toda sua simpatia e por personalizar os rangos, uma vez que não havia cardápiio no local.

No dia seguinte, acordamos cedinho e fomos percorrer o trekking Sendero Tarabita até a Cascada la Reina. O percurso, de 23,7 km ida e volta, passa por lindas cachoeiras e apresenta uma fauna e flora exuberantes.

Caminha-se 5,2 km em estrada de terra até chegar no estacionamento. Aqui é preciso pagar 5 dólares de entrada por pessoa. Na sequência, atravessa-se o vale pela “tarabita”, que é a palavra em espanhol para este carrinho:

Eu fotografando a selva e Mindo (Foto: Ivan)
Eu fotografando a selva de Mindo (Foto: Ivan)

Os próximos 13,5 km seriam todos pela robusta mata da região.

No caminho, vimos 7 diferentes cachoeiras: Azul, Ondina, Colibris, Madre, Manzillo, Guamurus e Reina.

Brothers na Cascada Reina (Foto: Anna)
Brothers na Cascada Reina (Foto: Anna)

Foi um dia bem gostoso para dar aquele revigorada que só águas de cachoeiras são capazes de oferecer. Voltamos pelo mesmo caminho e chegamos em Mindo após quase 10 horas de caminhada nos deleitando pela linda natureza do local.

O nosso próximo dia em Mindo também aguardava muitos quilômetros de trilhas.

Foram 16,2 km andados neste dia, sendo 6,9 km para ir e voltar do Mariposário de Mindo e mais 9,3 km para fazer o trekking da Casa Amarilla na Fazenda San Vicente.

O mariposário é um dos pontos mais visitados de Mindo. Nele, há centenas de lindas borboletinhas de todas as cores e espécies voando livremente pelo espaço. É possível observar todos os estágios da metamorfose das borboletas, desde ovo, larva, crisálida a adulto. O preço do seu ingresso é 7,5 dólares por pessoa.

Ivan e borboletas morpho no Mariposário de Mindo (Foto: Anna)
Ivan e borboletas morpho no Mariposário de Mindo (Foto: Anna)

Depois, fomos até a Casa Amarilla, ponto de início de um sistema de trilhas no meio da linda floresta, com alto potencial para observação de animais. O valor do ingresso foi de 6 dólares para cada.

Há 5 trilhas diferentes a serem percorridas dentro da fazenda, nomeadas T1 a T5. Todas são bem similares, porém a que mais valeu a pena foi a T3, pois encontramos um belo mirante para a cidade de Mindo e a floresta da reserva.

Ivan e Anna observando a floresta de Mindo
Ivan e Anna observando a floresta de Mindo

As espécies de animais mais marcantes que observamos em Mindo foram: quetzal, galinho das rocas (símbolo da região), araçari, tucano, lagarto anolis, rã pristimantis, sapinhos, esquilo e uma infinidade de variedade de borboletas.

1. Galinho das Rocas (símbolo de Mindo), 2. Juruva, 3. Anolis, 4, 5, 6. Brabuletas
1. Galinho das Rocas (símbolo de Mindo), 2. Juruva, 3. Anolis, 4, 5, 6. Brabuletas

O tracklog com as trilhas que realizamos em Mindo pode ser visto aqui.


Dias 12, 13 e 15: Quito

Para finalizar a trip de 1 mês que fiz com meus queridos Ivan e Anna, saímos de Mindo e pegamos o ônibus que ia à capital Quito. Pagamos 3,10 dólares cada até o Terminal Quitumbe e mais 10 pelo táxi até o centro histórico da cidade. Aqui nos hospedamos no aconchegante Hostel Melinka, que custou 30 dólares para os três.

Vista do Vulcão Cotopaxi das ruas de Quito
Vista do Vulcão Cotopaxi das ruas de Quito

Chegamos no hostel na hora do almoço e já fomos caminhar pelo belíssimo centro histórico da cidade.

Primeiramente fomos comer um encebollado no mercado central de Quito. Na sequência, fizemos uma caminhada, onde passamos por diversos pontos, dentre os quais: Plaza Grande, Igreja de San Francisco, Calle La Ronda e Igreja do Voto Nacional, a basílica principal de Quito.

A Basílica do Voto Nacional foi a atração que mais gostei em Quito. Ela está aberta das 09h às 17h de segunda a sexta e das 06h às 18h30min aos finais de semana e custa 2 dólares para entrar.

Por dentro ela é monumental, mas o que me cativou de verdade foi sua beleza externa e a vista que se tem da cidade ao subir em uma das torres. A igreja possui arquitetura gótica e duas torres simétricas de 115 m de altura e nas laterais há gárgulas de animais equatorianos galapaguenhos e andinos!

Veja abaixo a face principal da Igreja do Voto Nacional e a vista de seu topo.

Entrada principal da catedral
Entrada principal da catedral
Anna e Ivan observando o centro histórico de Quito do topo da basílica
Anna e Ivan observando o centro histórico de Quito do topo da basílica

À noite fomos à Calle La Ronda, uma rua boêmia com uma infinidade de bares e restaurantes. Também há uma praça próxima a ela em que há apresentações de dança e comidas típicas do país.

No dia seguinte fomos ao Mariscal Sucre, um bairro muito turístico de Quito, que também tem bastante vida noturna, principalmente em torno da famigerada Plaza Foch. Uma casa noturna que curti muito e é uma ótima opção para dançar ritmos latinos e música eletrônica é a Bungalow 6.

Quito também oferece opções bacanas de parques com bastante verde, como o La Carolina e o El Ejido.

Um ponto turístico muito visitado de Quito que não conhecemos foi a estátua de La Virgen. Ela possui 41 metros de altura e está situada no topo de um morro que apresenta lindas vistas da cidade. Procure por La Virgen de El Panecillo.


Dia 14: Cascada San Rafael

Fiquei encantado com a cachoeira mais linda e mais alta do país, com seus 150 metros de altura. Por conta disso e por não ser uma rota turística, resolvi fazer um relato só pra ela, o qual você pode ver aqui.

Eu e a Cascada San Rafael
Eu e a Cascada San Rafael

Dia 16: Vulcão Rucu Pichincha

A subida para este pico revela vistas fabulosas de toda a cidade de Quito e de muitos vulcões do Equador. Apesar de ser exigente em função da altitude (cota de 4.784 m) e da inclinação, você não vai se arrepender com o panorama que seu cume mostra.

Resolvi fazer um relato só pra esta trilha pra te encorajar a subi-la, porque vale muito a pena mesmo. O mesmo pode ser visto neste link.

No topo do Rucu Pichincha!
No topo do Rucu Pichincha!

Dias 17 a 19: Litoral do Equador

Fiz uma minitrip ao litoral equatoriano passando pelo Parque Nacional Machalilla e pelas cidades de Puerto Lopez e Montañita, a Ibiza latinoamericana. Visitei belíssimas praias, curti festas em Montañita e fiz um tour para a Isla de la Plata, que foi uma das coisas mais inesquecíveis que já presenciei.

Se quiser saber um pouco mais destes lugares, acesse este link.

1. Parque Nacional Machalilla, 2. Baleia jubarte, 3. Blue-footed boobies, 4. Montañita
1. Parque Nacional Machalilla, 2. Baleia jubarte, 3. Blue-footed boobies, 4. Montañita

Dia 20: Ida à Fronteira com a Colômbia

Após minha estadia conhecendo o melhor do Equador, eu saí do país pela fronteira terrestre com a Colômbia, ao norte. Os detalhes sobre a logística de ônibus para ir de Quito à cidade de Ipiales, a primeira da Colômbia, podem ser vistos neste relato aqui. Aproveito para dar detalhes sobre a linda Catedral de Ipiales, uma das mais bonitas da América do Sul.


CURIOSIDADES DO PAÍS

  • No Equador, a maioria das pessoas são muito receptivas e atenciosas;
  • No país, os ônibus são bons e em geral pontuais. Tivemos moristas tranquilos na condução nas rodovias;
  • Terminal Sul de Quito, o Quitumbe, oferece ônibus para o litoral, para a Amazônia e para todo o sul do país, onde estão a maioria dos pontos turísticos. Só usei o Terminal Norte, o Carcelen, para ir à Colômbia;
  • As estradas são bem tortuosas para os trajetos de ônibus subindo ou descendo os Andes, o que faz com que viagens de 200 km durem por volta de 5 horas;
  • Os motoristas ignoram os semáforos a tal ponto que em Quito há múltiplos guardas de trânsito nos principais faróis;
  • Nas ruas do país, ninguém pede licença ou se incomoda com empurrões;
  • Os escapamentos são muito desregulados e o ar é ruim até em cidades pequenas como Mindo ou Latacunga;
  • O pedestre não existe. Os carros jamais te darão passagem;
  • O táxi é muito barato e no geral são legais e parecem honestos. Uber funciona bem em Quito. Um táxi dos bairros turísticos para o aeroporto de Quito custa em torno de 25 dólares;
  • Há uma altíssima quantidade de crianças trabalhando nas ruas;
  • Quase toda mulher vendendo frutas ou doces na rua carrega um bebê ou criança;
  • A voz das vendedoras se propaga por distâncias incríveis;
  • Em Quito, há moças vendendo capucchino de pé na rua;
  • A comida popular é muito gostosa e barata e nenhum de nós passou mal durante nossa estada no Equador;
  • Muitos cozinheiros dos mercadões tem as unhas pretas;
  • Espumita: vendida em aquários com cone de sorvete. Tem aspecto mortal;
  • Menestra: jeito de preparação de feijão ou lentilhas. Nos restaurantes peça por “arroz con menestra”;
  • Chiva: ônibus balada aberto com luzes que faz um sucesso em qualquer cidade do país;
  • Nos ônibus há dezenas de vendedores fazendo uma baita barulheira. Eles vendem diversos tipos de frutas, banana ou batata chips e por vezes até almoço. Tudo a 1 dólar;
  • Afro-equatorianos vêm de Esmeraldas, no noroeste do país, e têm um sotaque bem diferente do espanhol;
  • Equatorianos curtem muito um sorvete. Em várias cidades tinham sorveterias de produção caseira;
  • Frutas novas: babaco, naranjilla (lulo), maracuya-banana e granadilla;
  • Canelazo = bebida alcóolica quente feita com aguardente, rapadura e alguma fruta típica;
  • Encebollado = sopa tipicamente equatoriana de peixe com cebola, tomate, mandioca e coentro;
  • Llapingacho = chorizo (linguiça), tortillas de papa, huevo frito, ensalada, aguacate, beterraba, cenoura, alface, milho, tomate, cebola, coentro, vagem;
  • Desayuno de majado de verde = banana verde amassada com farofa, chicharrón (torresmo), presunto, pimentão, cebola, cenoura, ovos;
  • As notas movimentadas são de dólar americano, enquanto as moedas são uma mescla de moedas americanas e locais;
  • Troco no Equador é bem difícil. Uma nota de 20 dólares lá é como se fosse uma de 100 reais no Brasil. Às vezes não te vendem as coisas por falta de troco, portanto, é bom avisar antes;
  • Notas de 50 e 100 dólares nem pensar. Só nos bancos e, por sorte, alguns lugares turísticos nas Galápagos;
  • As portas são baixas por todos os lados do país. Levamos muitas cabeçadas;
  • O povo é muito friorento. Os ônibus não tem ar condicionado e por vezes nem janelas e geral está usando blusa;
  • Alto número de casas de shawarmas. Algumas colocam batata frita dentro do kebab.

RANKING DAS ATRAÇÕES

Rankings são muito pessoais e até desnecessários. Pra que comparar uma paisagem natural com uma cidade histórica? Mas eu fiz assim mesmo 😊. Aqui vai meu ranking dos lugares que visitei no Equador, de mais para menos imperdível:

1 – Galápagos: incrível arquipélago no Oceano Pacífico, famoso pela alta diversidade de espécies de animais e pelas lindas praias. Entretanto, não faz parte deste relato. Se quiser saber mais sobre as ilhas acesse este link.

2 – Vulcão Cotopaxi: o vulcão é simplesmente um cone perfeito. Se possível, insista com a agência para fazer o passeio no fim da tarde. Deste modo, você verá a luz do sol avermelhada incidindo nas paredes do vulcão de forma única. Vá até a Laguna Limpiopungo para que possa ver o reflexo dele na água.

3 – Isla de la Plata: saindo de Puerto Lopez, o tour para a Isla de la Plata será uma daquelas coisas inesquecíveis da vida se você vier na época de avistamento de baleias jubarte. Isso sem falar dos blue-footed boobies!

4 – Mindo: Mindo foi a vila mais agradável que visitei no Equador. Porém, o que realmente fez com que ela se tornasse um dos meus lugares favoritos foi a sua natureza exuberante. Se delicie com a floresta mais linda do país, diversas cachoeiras e uma fauna única.

5 – Vulcão Chimborazo: a montanha mais alta do Equador esbanja beleza e imponência. Se posível, suba até o Refúgio Whymper para ter lindas vistas de toda a reserva e de um pôr-do-sol formidável.

6 – Rucu Pichincha: a melhor trilha que fiz no país. Apesar de suas dificuldades, recomendo imensamente por apresentar uma fabulosa vista de Quito e de todos os vulcões do país.

7 – Laguna Quilotoa: foi difícil não ranquear mais para cima essa magnífica lagoa inserida numa imensa cratera vulcânica. É um daqueles lugares únicos dessa vida.

8 – Quito: uma das cidades históricas mais impressionantes já vistas. Só não está mais pra cima porque eu sou um viciado em natureza.

9 – Cascada San Rafael: a cachoeira mais alta também é a mais bonita do Equador. Não está numa rota tradicional de turismo, mas recomendo imensamente ainda assim.

10 – Parque Nacional Machalilla: o parque é a casa da Praia de los Frailes, considerada a mais bonita do Equador continental. Todavia, para mim, não é nem a mais bonita do parque, já que fiquei encantando pela Playa Tortuguita.

11 – Montañita: a vila das baladas e do surf é um lugar com uma atmosfera bem gostosa e peculiar. Adorei o lugar, mas não me impressionou mais que os acima citados.

12 – Vulcão Tungurahua: apesar de ter sido um dia divertido, subir até o refúgio do Tungurahua foi muito desgastante para um cenário não tão imperdível assim. Talvez estivesse antes no ranking se eu tivesse subido até o seu cume.

13 – Baños: uma das cidades mais turísticas do Equador não ficou tão bem posicionada no meu ranking talvez por eu não a ter explorado bem. Minha opinião é que é um daqueles lugares em que só há tanto turismo por haver bastante promoção. Ainda assim, é um lugar de preferência dos turistas que você deve vir para tirar suas conclusões.

14 – Latacunga: esta cidade está aqui embaixo do ranking, mas não se engane. Ela possui um charmoso centro histórico e um mercadão local excelente para conhecer mais da cultura do país. Além disso, ela é o ponto de partida para ir ao Cotopaxi e à Quilotoa.

15 – Guayaquil: a maior cidade do país também apresenta um belo centro histórico. A subida do Faro Las Peñas revela lindas vistas de Guayaquil.

16 – Puerto Lopez: a vila é bem simpática, mas nada de único nessa vida. Entretanto, não deixe de visitá-la para fazer o tour para a Isla de la Plata.

17 – Riobamba: a cidade de Riobamba em si não tem muito o que conhecer, porém, vale a visita pela bela vista que se tem dos vulcões no entorno dela e por servir como ponto de acesso para o Vulcão Chimborazo.

Aqui se encerra este giga relato sobre o Equador!

Espero que as informações aqui descritas te ajudem a planejar a sua viagem para este lindo país sulamericano!

Obrigado pela leitura!

Um abraço!

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